Por Márcio Falcão
BRASÍLIA, DF, 10 de março (Folhapress) - Numa resposta à estratégia do Palácio do Planalto, deputados do PMDB discutem a aprovação de uma moção de apoio ao líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que tem sido isolado das negociações do governo com a cúpula do partido depois que se tornou porta-voz da ala insatisfeita do partido.
A relação do PMDB com o PT está em atrito por conta do espaço do partido na reforma ministerial e pela composição dos palanques regionais. A ideia é transformar a reunião de amanhã num ato de desagravo.
Questionado sobre a movimentação dos colegas, Eduardo Cunha disse que não sabia e que não tem procurado ninguém para discutir a ameaça de rebelião.
O líder reafirmou que não se sente isolado até porque sua posição sobre o governo não é pessoal e que estão querendo "demonizado".
"A mim ninguém pode isolar. E não me verbalizo. Eu tenho posição de bancada. Na política não se pode agir com o fígado. Não somos obrigados a nos gostarmos, mas sim a nos respeitarmos", afirmou.
E completou: "Eu não estou fazendo nenhuma guerra, nem levando ninguém para a guerra. Não há uma atuação deliberada pregando rompimento. Eu preguei respeito".
Sobre o fato de não ter sido chamado para a reunião com Dilma, Cunha disse que não há clima para encontrar a petista. "No dia de hoje não era o momento [para uma reunião com a presidente]. Talvez nem eu quisesse. Se eu fosse chamado, talvez não iria", enfatizou.
Cunha disse que a bancada não vai indicar nomes para os ministérios e que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) também disse que não aceitará ser indicado para o comando do Ministério do Turismo, que hoje é da cota da Câmara assim como o Ministério da Agricultura. "O que eu sei é que o Vital falou que não vai aceitar o cargo."
Escrito por Da Redação
Publicado em 10.03.2014, 18:18:00 Editado em 27.04.2020, 20:17:48
Siga o TNOnline no Google NewsContinua após publicidade
continua após publicidade
Deixe seu comentário sobre: "Peemedebistas discutem moção de apoio a Eduardo Cunha"