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PMDB deve aprovar nota de apoio a Eduardo Cunha

Em reunião marcada para as 14h30 desta terça-feira (10), a bancada do PMDB deverá aprovar uma nota de apoio ao líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), para demonstrar que a insatisfação do deputado na relação entre o partido e governo federal é "generalizad

Da Redação

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 O líder Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao lado do deputado Danilo Forte (PMDB-CE), em sessão do Congresso (Foto: Luis Macedo/Câmara)
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O líder Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao lado do deputado Danilo Forte (PMDB-CE), em sessão do Congresso (Foto: Luis Macedo/Câmara)
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.03.2014, 06:19:00 Editado em 27.04.2020, 20:17:47
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Em reunião marcada para as 14h30 desta terça-feira (10), a bancada do PMDB deverá aprovar uma nota de apoio ao líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), para demonstrar que a insatisfação do deputado na relação entre o partido e governo federal é "generalizada". De acordo com deputados peemedebistas ouvidos pelo G1, na reunião, a bancada também deverá decidir se apoia convocar uma convenção para "rediscutir" a aliança com o PT.

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A relação entre o governo e o PMDB tem se deteriorado nos últimos meses.

A sigla reclama da demora da presidente Dilma Rousseff em realizar a reforma ministerial, critica o não cumprimento de compromissos quanto à liberação de recursos de emendas parlamentares e quer maior diálogo sobre as alianças regionais com o PT nas eleições de outubro. A legenda também reclama que não é chamada a participar de decisões do Executivo e de lançamentos de programas do governo federal, o que fortalece candidaturas no pleito deste ano.

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O maior foco da crise está na Câmara dos Deputados, onde sete partidos da base aliada, sob o comando do líder do PMDB, formaram um "blocão", para ampliar o poder de negociação com o Executivo em votações da Casa. O clima ficou mais tenso na semana passada, depois que Eduardo Cunha defendeu, em sua conta do microblog Twitter, que seja "repensada" a aliança da legenda com o PT.

Nesta segunda (10), Dilma se reuniu com lideranças do partido aliado no Palácio do Planalto, mas não convidou Cunha, o que, na visão de peemedebistas, significou uma tentativa de isolar o líder do PMDB.

"Foi no mínimo deselegante a presidente não convidar o nosso líder para negociar e tratar da relação com o PMDB. O PMDB tem unidade na bancada da Câmara e apoia Eduardo Cunha", afirmou o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), um dos vice-líderes do partido na Casa.

Forte ficou responsável por elaborar a nota de desagravo a Cunha por agressões que o peemedebista teria sofrido de lideranças do PT e contra a tentativa do Planalto de isolar o parlamentar. "Vamos aprovar na reunião da bancada uma nota de desagravo por causa das agressões. A mensagem será de reforçar a liderança do Eduardo Cunha. Ele tem falado em nosso nome."

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Convenção
Ainda conforme o deputado, na reunião desta terça da bancada, deputados de diversos estados apresentarão documentos assinados pelos diretórios regionais do PMDB pedindo a convocação, em abril, de uma convenção para debater a parceria com o PT nas eleições de 2014.

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A ideia, segundo ele, é que o PMDB possa ter independência nos estados para eleger candidatos a governador, deputado e senador, ainda que em disputas acirradas com candidatos petistas.

"Temos documentos assinados por vários diretórios pedindo para antecipar a convenção para abril. Vamos juntá-los e entregar amanhã ao presidente do PMDB, senador Valdir Raupp. A ideia é que o partido possa [formar alianças] conforme a conveniência em casa estado. O PMDB sempre foi muito forte nos estados", disse Danilo Forte.

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O deputado Colbert Marins (PMDB-BA) também afirmou que a bancada deverá discutir a convocação de uma convenção. Para que isso seja possível, é preciso que um terço dos diretórios regionais assine pedido para que haja o encontro partidário.

"O sentimento dos deputados é que, se o PMDB não tiver uma atitude firme e dura, vai reduzir a bancada no Congresso. Não podemos viver uma situação de atuar num governo em que o PT tem tudo e os aliados nada", disse ao G1.

Para Colbert Martins, o governo da presidente Dilma Rousseff excluiu o PMDB de decisões relevantes e só tem "capitalizado" o PT eleitoralmente. "O PMDB não pode mais continuar recuando. Temos recuado o número de deputados. No governo do ex-presidente Lula era outro tipo de representação. O partido era ouvido, influía e decidia. Isso não acontece mais", disse.

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O peemedebista também disse que a bancada irá reforçar a posição de Eduardo Cunha como porta-voz dos anseios do PMDB na Câmara. "Deve sair um apoio forte ao deputado Eduardo Cunha porque ele está interpretando o que a bancada está pensando", afirmou.

Para o deputado Fábio Trad (PMDB-MS), o fato de a presidente Dilma Rousseff não ter convidado Eduardo Cunha para conversas no Palácio do Planalto significou excluir a própria bancada do partido das negociações com o governo.

"A partir do momento em que o nosso líder é excluído nas negociações, está se dizendo que os deputados não são convidados. Um ataque assim atinge a todos nós. Não vamos deixar o líder à deriva", afirmou.

Trad afirmou que defenderá pessoalmente a convocação de uma convenção para discutir a aliança com o PT. O deputado quer que o PMDB tenha independência para fazer coligações com outros partidos na disputa eleitoral de 2014.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse que a insatisfação do partido com o Palácio do Planalto é "generalizada". "A insatisfação é enorme. A maioria da bancada está insatisfeita. O PMDB está no governo, mas o espaço que tem é sem força."

Perondi também manifestou apoio a Cunha e afirmou que a tentativa de isolar o líder do PMDB só prejudica a relação da sigla com o governo. "Isso irrita os deputados, é um desafeto com os deputados", disse.

Por sua vez, o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), afirmou que a aliança entre PT e PMDB deve continuar, pois seria mais importante que as desavenças entre as duas siglas.

"Há uma tensão eleitoral e o líder Eduardo Cunha tem sido fiel a esse sentimento. Há um sentimento de desagrado com a tratativa do governo, mas isso não pode desembocar no fim da aliança", disse.

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