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Deputados peemedebistas atacam PT e pregam rediscussão da aliança com o governo

Por Ranier Bragon e Márcio Falcão BRASÍLIA, DF, 11 de março (Folhapress) - Após cerca de três horas de reunião, a bancada do PMDB na Câmara reforçou hoje a ameaça de rebelião contra o Palácio do Planalto e defendeu a convocação de uma reunião da Execut

Da Redação

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Publicado em 11.03.2014, 19:29:00 Editado em 27.04.2020, 20:17:45
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Por Ranier Bragon e Márcio Falcão

BRASÍLIA, DF, 11 de março (Folhapress) - Após cerca de três horas de reunião, a bancada do PMDB na Câmara reforçou hoje a ameaça de rebelião contra o Palácio do Planalto e defendeu a convocação de uma reunião da Executiva Nacional do partido para "reavaliar a qualidade da aliança com o PT".

Com a presença de cerca de 50 dos 75 integrantes do partido, o encontro a portas fechadas foi marcado por fortes críticas à presidente Dilma Rousseff e a seu vice, Michel Temer, que é presidente licenciado do PMDB, mas que tem sido acusado de privilegiar os interesses do governo em detrimento dos do partido.

Em nota, os peemedebistas reafirmaram o apoio ao líder da bancada, Eduardo Cunha (RJ), em resposta à articulação do governo para isolá-lo politicamente.

"A bancada de deputados federais do PMDB decidiu aprovar moção de apoio e irrestrita solidariedade ao líder reeleito Eduardo Cunha, vítima de agressões despropositadas do PT", afirma a nota.

Cunha nunca teve boa relação com o Planalto e o PT e, nos últimos dias, tem trocado críticas com o presidente do PT, Rui Falcão.

Em entrevista após o encontro, Cunha reafirmou a disposição do partido de votar contra os interesses do Planalto em determinados temas, entre eles a aprovação de uma comissão externa (com poderes bem mais restritos do que uma CPI) para investigar supostas irregularidades na Petrobras, além da convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para responder aos questionamentos da oposição sobre o programa Mais Médicos.

Apesar disso, a nota da bancada não fala em rompimento, apenas cita a intenção de "se conduzir com independência", além de pedir uma reunião da Executiva para discutir a relação com o PT e o governo. E reafirma não pretender indicar substitutos para os ministérios do Turismo e Agricultura, cujos titulares deixarão os cargos para disputar as eleições.

"Se a presidente quiser ouvir a bancada da Câmara, ela vai ter que ouvir a bancada da Câmara", disse Cunha, em alusão à intenção de Dilma de negociar com o PMDB sem ouvi-lo.

Apesar da ameaça de rebelião, o PMDB do Senado tem adotado uma postura mais moderada em relação ao governo. Além disso, Temer opera para evitar que a insatisfação dos deputados resulte em medidas mais drásticas, como anúncio de rompimento.

Na reunião de hoje, os insatisfeitos voltaram a dizer já ter o número necessário para realizar uma pré-convenção nacional da legenda para debater o apoio ou não à reeleição de Dilma. A convenção oficial só pode ser realizada em junho.

O PMDB busca nos bastidores, com a ameaça de rebelião, ampliar seu espaço na Esplanada dos Ministérios, forçar o PT a ceder nas negociações para a montagem dos palanques eleitorais nos Estados e ampliar a liberação de recursos para as emendas que os parlamentares fazem ao Orçamento.

O apoio do PMDB é considerado importante pelo Planalto porque, entre outras coisas, o partido proporciona a Dilma mais de 2 minutos, em cada bloco de 25 minutos, no programa eleitoral na TV, principal instrumento das campanhas.

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