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Em meio à crise entre PT e aliados, Aécio diz que visa apoio peemedebista

BRASÍLIA, DF, 12 de março (Folhapress) - Provável adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu hoje que mira o apoio de parte do PMDB à sua candidatura em meio à crise que atinge a relação do PT

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.03.2014, 17:51:00 Editado em 27.04.2020, 20:17:42
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BRASÍLIA, DF, 12 de março (Folhapress) - Provável adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu hoje que mira o apoio de parte do PMDB à sua candidatura em meio à crise que atinge a relação do PT com os peemedebistas. Aécio afirmou que o PSDB nasceu da "costela" do PMDB, por isso é "natural" que membros da sigla queiram apoiar o seu nome - e não reeditar a chapa com a presidente Dilma.

"Quanto mais o PT faz valer o seu projeto hegemônico que não busca aliados, mas busca apoiadores, é natural que em função das realidades locais haja uma aproximação. Isso não é estratégia do PSDB, é algo natural", afirmou.

Aécio disse que não busca "cooptar" o PMDB para a sua candidatura à Presidência, mas recebe "sinais" de peemedebistas que desejam desembarcar do projeto de reeleição de Dilma. O PMDB do Rio, por exemplo, cogita apoiar o tucano liderado pelo governador Sérgio Cabral, que é amigo pessoal de Aécio.

"Esse governo é reformado para atender o apetite eleitoral do governo. É um governo que paga o preço de sua arrogância casada com sua ineficiência", disse o senador.

O tucano se manifestou publicamente pela primeira vez sobre a crise PT-PMDB que impôs derrotas a Dilma no Congresso e ameaça o apoio de seu principal aliado à sua candidatura. Segundo o senador, a crise é consequência da postura de um governo que não deseja manter aliados, mas "vassalos".

Aécio disse que, ao oferecer cargos no primeiro escalão no PMDB e liberar emendas para agradar o aliado, Dilma se desvincula cada vez mais do "PMDB histórico".

"Todo esse esforço do governo às custas de cargos públicos e dinheiro público, especialmente através de emendas para manter o PMDB na base, pode ter um ganho para o governo que são alguns minutos a mais de tempo de televisão. Porque a base do PMDB, do PMDB histórico, PMDB da resistência, da democracia, que quer ver avanços no Brasil, essa o PT já perdeu", afirmou.

A crise ganhou força no Carnaval, depois que o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), sugeriu que o PMDB reavalie o apoio à reeleição de Dilma e trocou farpas com dirigentes do PT. Em resposta, a presidente isolou o líder peemedebista e decidiu não atender as demandas da bancada do PMDB da Câmara na reforma ministerial, como manter o espaço de dois ministérios no governo federal.

Cunha é um dos articuladores do "blocão", integrado por aliados do Planalto que estão insatisfeitos com a relação com Dilma e o PT. Com a crise, a Câmara aprovou investigação sobre a Petrobras e a convocação de diversos ministros do governo para falarem no Congresso.

Copa

Aécio também criticou a decisão de Dilma e do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de não discursarem na abertura da Copa do Mundo temendo represálias populares, como vaias.

"Na verdade, existem dois Brasis. O Brasil virtual, da propaganda oficial onde distribui-se fotografias com sorrisos da presidente e do ex-presidente, e o Brasil real, em que a presidente da República foge do povo, como fugiu do Carnaval e pretende aparecer camuflada nos jogos da Copa do Mundo. Esses dois Brasis vão ser colocados frente a frente na campanha eleitoral", afirmou.

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