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Casa pedirá que Supremo corte "supersalários"

BRASÍLIA, DF, 17 de abril (Folhapress) - O Senado vai pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) que determine cortes nos chamados "supersalários" de servidores da instituição que recebem acima do teto constitucional de R$ 29,4 mil. O presidente da Casa,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.04.2014, 15:26:00 Editado em 27.04.2020, 20:16:00
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BRASÍLIA, DF, 17 de abril (Folhapress) - O Senado vai pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) que determine cortes nos chamados "supersalários" de servidores da instituição que recebem acima do teto constitucional de R$ 29,4 mil.

O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer que a corte siga orientação do TCU (Tribunal de Contas da União) que determina que todos os servidores recebam como valor salarial máximo o teto previsto pela Constituição -que é pago aos ministros do Supremo.

Renan rejeitou os argumentos dos funcionários do Senado que recebiam os "supersalários", apresentados em processo administrativo aberto pela instituição, concluído esta semana. A Casa ouviu os servidores para que apresentassem a sua defesa, seguindo orientação do STF.

Com a decisão, o Senado vai pedir que a AGU (Advocacia Geral da União) comunique oficialmente o STF da disposição do Senado de cumprir a recomendação do TCU para os cortes nos supersalários.

"Decido deixar de acolher as manifestações apresentadas pelos servidores no âmbito do processo, bem como em seus apensos, para, indeferindo os requerimentos ali contidos, determinar o imediato encaminhamento dos autos à Advocacia-Geral da União, para comunicar ao Supremo Tribunal Federal a consequente aplicação do acórdão do TCU", afirma Renan em despacho publicado no boletim administrativo do Senado.

A polêmica começou no ano passado, depois que o TCU recomendou à Câmara e ao Senado os cortes nos vencimentos de servidores que recebiam acima do teto constitucional. As duas Casas determinaram os cortes, mas o Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo) recorreu ao Supremo contra a medida.

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, atendeu ao pedido do Sindilegis e restabeleceu o pagamento dos chamados "supersalários" até que a corte julgue o caso em plenário. De acordo com Marco Aurélio, servidores não foram ouvidos no processo administrativo da Câmara e do Senado que resultou no corte dos valores que superam o teto -o que obrigou Renan a instaurar o procedimento.

Se a liminar for mantida pelo plenário do STF, cerca de 1,8 mil servidores que recebiam acima do teto poderão voltar a receber os valores.

O TCU concluiu que o salário destes servidores acabou superando o valor máximo estabelecido pela Constituição (equivalente aos vencimentos de ministros do STF) porque muitos recebiam extras por funções comissionadas -ou recebiam benefícios que não eram computados oficialmente como salário, evitando assim o abate pelo teto.

De acordo com auditores do órgão, o pagamento dos supersalários, somente na Câmara, gerava um prejuízo de R$ 517 milhões por ano.

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