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Vou insistir, diz presidente do PT em relação à renúncia de Vargas

BRASÍLIA, DF, 23 de abril (Folhapress) - Mesmo após diversas tentativas de convencer o deputado licenciado André Vargas a renunciar ao mandato na Câmara, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que continuará insistindo para que o parlamentar deixe o carg

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.04.2014, 16:45:00 Editado em 27.04.2020, 20:15:47
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BRASÍLIA, DF, 23 de abril (Folhapress) - Mesmo após diversas tentativas de convencer o deputado licenciado André Vargas a renunciar ao mandato na Câmara, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que continuará insistindo para que o parlamentar deixe o cargo.

"Eu sou persistente e vou continuar insistindo para ver se o convenço", afirmou Falcão.

De acordo com ele, a bancada está preocupada com a evolução dos fatos envolvendo o petista. Desde a semana passada, Falcão tem defendido publicamente a renúncia de Vargas com o argumento de preservação do partido e do própria Vargas.

Rui Falcão esteve na Câmara dos Deputados para participar de uma reunião fechada de coordenação da bancada do PT na Casa. A pauta principal do encontro foi a crise gerada pelas denúncias que atingem Vargas.

"Demonstrei novamente a minha opinião de que o André, em benefício dele e em benefício do PT, que ele deveria renunciar e que não faria sentido o Conselho de Ética [da Câmara] prosseguir com qualquer processo diante de um réu que não é mais deputado", disse.

Falcão afirmou que a bancada está dividida em relação ao tema e um grupo de deputados afirma que, ao deixar a Câmara, Vargas teria seu direito de defesa prejudicado. O presidente questionou, no entanto, o apoio velado feito por um grupo de deputados. "Eu não vejo um movimento de solidariedade coletiva a ele. Eu não vi ninguém subir na tribuna e falar que o fato de ele ter viajado no avião do doleiro foi correto", disse.

Apesar de não assumir publicamente, que o caso Vargas tem potencial para atrapalhar campanhas petistas pelo país, Falcão tem demonstrado preocupação principalmente em relação à reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Um episódio como esse transcende as eleições. Nossa preocupação não é com o resultado eleitoral. A nossa preocupação é com a própria vida do André Vargas", disse após a reunião.

Ontem, Vargas voltou a comunicar à cúpula petista que não sairá do cargo de deputado federal e disse que conta com o apoio de pelo menos um terço da bancada na Casa. Ele se reuniu ontem com Falcão, o líder do partido na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP) e com dirigentes do PT em Brasília.

Ex-vice-presidente da Câmara, Vargas começou a cair em desgraça na cúpula do partido após a Folha de S.Paulo revelar que ele usou um jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato sob suspeita de participar de esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

Vargas também aparece nas investigações da Polícia Federal tratando de um contrato de interesse do doleiro no Ministério da Saúde. O petista acabou renunciando à vice-presidência da Câmara e afirmou que renunciaria ao mandato, mas recuou logo em seguida.

Além de estar ameaçado de expulsão pelo PT, Vargas é alvo de processo de cassação do mandato no Conselho de Ética na Câmara.

Ontem, o relator no conselho, Júlio Delgado (PSB-MG), deu parecer favorável para investigar o deputado. No entanto, o deputado Zé Geraldo (PT-PA) pediu vista, o que empurrou a votação do parecer para a próxima terça-feira. O relatório preliminar é o primeiro passo do processo de cassação.

Vice-presidência

O PT terá que indicar, até a semana que vem, um nome para assumir a vice-presidência da Casa. Com a renúncia de Vargas ao cargo, na semana passada, o lugar ficou vago e, devido à proporcionalidade das bancadas na Casa, ela cabe ao PT.

Três nomes estão na disputa, mas ainda não há consenso sobre qual será indicado. O líder do partido, Vicentinho (PT-SP) tem dito que esperará que os grupos internos cheguem a um acordo até a semana que vem. Rui Falcão afirmou que conversou sobre o tema com a bancada e espera que haja um nome de consenso.

"É uma escolha da bancada, mas fiz uma ponderação que, para um mandato tampão, como é o caso, que a bancada buscasse construir no seu interior a construção de um nome mas que se isso não for possível, as disputas no PT são legítimas", disse.

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