MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Neutralidade de rede divide conferência

SÃO PAULO, SP, 24 de abril (Folhapress) - A neutralidade da rede opôs de um lado o Brasil e do outro EUA e União Europeia nas discussões do NETMundial, encontro que reúne 85 países em São Paulo, desde ontem, para discutir o futuro da governança da interne

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.04.2014, 18:42:00 Editado em 27.04.2020, 20:15:42
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÃO PAULO, SP, 24 de abril (Folhapress) - A neutralidade da rede opôs de um lado o Brasil e do outro EUA e União Europeia nas discussões do NETMundial, encontro que reúne 85 países em São Paulo, desde ontem, para discutir o futuro da governança da internet.

A polêmica diz respeito à inserção do termo no documento final do evento, que estabelece os princípios que devem "reger a administração da rede e que deve ser assinado por todos os países participantes".

Estados Unidos e União Europeia se opuseram à presença do termo no documento, enquanto o Brasil se posicionou a favor.

Segundo a reportagem apurou, o termo "neutralidade de rede" não seria utilizado na versão mais recente do texto, mas um dos seus artigos aborda o conceito ao dizer que o trânsito de pacotes de dados deve ser livre.

Durante uma das sessões do evento, um representante americano pediu para que a discussão sobre neutralidade fosse deixada de lado pois estava impedindo a evolução das discussões e disse que o assunto deveria ser discutido no IGF, Fórum de Governança da Internet que acontecerá em setembro.

Ja Neelie Kroes, representante da União Europeia, disse que o conceito de neutralidade de rede ainda está sendo discutido em cada pais e portanto não é possível atingir consenso sobre o assunto.

"Há algumas interpretações diferentes, e eu acabei de passar por essa experiência durante o debate no Parlamento europeu", disse Kroes. "Mas, no fim das contas, todos estamos cientes que neutralidade de rede significa uma internet livre e justa."

Ao aparecer na reunião em que o documento era redigido, o ministro das Comunicações brasileiro, Paulo Bernardo, defendeu a inserção do termo no texto.

"O governo brasileiro é a favor da neutralidade. Não poderíamos ter outra postura, ainda mais com a sanção do Marco Civil", disse.

O impasse atrasou a redação do documento, que era previsto para ser publicado às 16h30 e ainda na tinha uma versão final até as 18h.

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Neutralidade de rede divide conferência"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!