SÃO PAULO, SP - Após ser criticado por ter publicado e depois apagado uma foto em que aparecia viajando de jatinho para São Paulo em meio à greve dos PMs em Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) divulgou na tarde desta quinta-feira (15) uma nota pedindo "bom senso" e afirmando que está acompanhando as negociações para o fim da paralisação.
Pré-candidato à Presidência da República, Campos deixou o cargo no início de abril para se dedicar à campanha e foi substituído por seu vice, João Lyra Neto (PSB).
"A hora agora é de bom senso, de lutarmos juntos por melhores salários, sem contudo deixar a sociedade pernambucana no medo e na insegurança", afirmou Campos, em declaração divulgada pela assessoria do PSB nesta tarde. "Tenho mantido contato permanente com o governador João Lyra e acompanho o desenrolar das negociações."
Pela manhã, o ex-governador havia publicado numa rede social uma foto em que aparecia sorrindo dentro de um jatinho, com a legenda "São Paulo, lá vamos nós!". A imagem foi apagada minutos depois, após internautas o criticarem pelo que chamaram de omissão em relação ao problema que atinge seu Estado.
O pré-candidato viajou de Brasília para a capital paulista para um encontro com executivos do Twitter ao lado da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), vice na chapa de Campos.
Procurada pela reportagem e questionada sobre os motivos da exclusão da foto no jatinho, a assessoria de imprensa do PSB divulgou a seguinte nota: "A referida foto foi postada hoje pela manhã pela assessoria da pré-campanha. Imediatamente foi retirada, por decisão da própria assessoria e do comando da campanha".
Na declaração divulgada à tarde, Campos, que até então mantinha distância da greve, exaltou medidas de seu governo, que durou de 2007 até abril passado, na área da segurança.
"O povo de Pernambuco sabe dos esforços que realizamos para garantir a melhoria da segurança pública no nosso Estado. O Pacto pela Vida conseguiu reduzir os índices de violência por sete anos consecutivos", afirmou, em referência a um dos programas que pretende usar como vitrine de sua gestão na campanha eleitoral.
Segundo o presidenciável, seu governo investiu em capacitação, nomeou cerca de 9 mil concursados e implementou um processo de recuperação da remuneração da polícia que prevê um reajuste de 14,55% em junho.
Entre as reivindicações, os PMs pedem aumento salarial de 50% para praças (cabos e soldados) e de 30% para os oficiais. Atualmente, um soldado da PM recebe salário de R$ 2.409, e um coronel, R$ 13,6 mil.
Deixe seu comentário sobre: "Campos pede bom senso e diz que acompanha negociações da PM"