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Dilma abre campanha com Pezão e PT-RJ recorre a Lula

ITALO NOGUEIRA E ADRIANO BARCELOS RIO DE JANEIRO, RJ - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, inaugurou sua campanha nesta quinta-feira (24) ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), com afagos mútuos. A decisão irritou integ

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.07.2014, 23:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:11:09
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ITALO NOGUEIRA E ADRIANO BARCELOS
RIO DE JANEIRO, RJ - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, inaugurou sua campanha nesta quinta-feira (24) ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), com afagos mútuos. A decisão irritou integrantes do PT do Rio e membros da campanha de Lindberg Farias (PT), que apostam no apoio do ex-presidente Lula.
Dilma reuniu-se com prefeitos (entre eles dez do PT), deputados vereadores e políticos do Estado, a fim de reduzir a adesão à campanha de Aécio Neves (PSDB) no Rio por partidos da base do governo federal. No encontro, fez rasgados elogios a Pezão, mas evitou declarar apoio abertamente.
"Descobri no Pezão uma grande humanidade. Tem uma característica que para nós é imprescindível, sem a qual não conseguiríamos governar", disse a presidente.
Aliado ao PSDB no Rio, o governador foi mais enfático na declaração de apoio a Dilma. Ele buscou distanciar-se do movimento "Aezão" - em defesa a Aécio e Pezão - liderado pela cúpula do PMDB fluminense.
"A senhora foi a maior amizade que fiz na política. Nada nos separa", disse Pezão.
O evento lotou a churrascaria Oásis Dutra, em São João de Meriti (Baixada Fluminense), com capacidade para 300 pessoas. Pezão afirmou que 62 prefeitos estavam presentes, mas poucos foram vistos no encontro - a imprensa ficou num canto com pouca visão do público. Apenas três foram anunciados: Eduardo Paes (PMDB, do Rio), Rodrigo Neves (PT, de Niterói) e Alexandre Cardoso (sem partido, de Duque de Caxias).
Sem a companhia da presidente, Lindberg evitou comentários. "Não quero dar nenhuma declaração sobre esse encontro", disse o senador.
A presidente conta com quatro candidatos de sua base no Estado. Além de Pezão e Lindberg, o senador Marcelo Crivella (PRB) e o deputado Anthony Garotinho (PR) declararam apoio à petista.
Integrantes da campanha de Lindberg criticaram a decisão da campanha de Dilma em colar sua imagem a Pezão no início da corrida eleitoral. O senador deve se encontrar com Lula para discutir sua participação na campanha. O presidente do PT, Rui Falcão, vai encontrar os três candidatos para discutir a intricada aliança.
"Não tem sentido para a campanha colar a imagem dele [ Pezão]. É um sinal de erro", disse o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá.
A entrada do ex-presidente na campanha do petista é tratada como tema delicado. Ela pode agravar ainda mais a relação com o PMDB. Integrantes da campanha de Pezão afirmam que um engajamento de Lula seria a senha para a adesão oficial do governador a Aécio - ampliando a chapa "Aezão".
"O Lula me conhece desde garoto. Sempre conversei muito com ele. Ele tem uma preocupação muito grande com a renovação do PT não só no Rio como no Brasil. Ele quer ver novos quadros no partido", disse Lindberg.
Em seu discurso, Dilma buscou não se comprometer com Pezão, apesar dos elogios. Ao exaltar a parceria que estabeleceu com o governo do Rio em sua gestão, chegou a afirmar que o "Estado estava aquém de suas possibilidades". A declaração atinge Garotinho, ex-governador e cuja mulher, Rosinha, antecedeu o governo Sérgio Cabral (PMDB). Mas logo em seguida, ela buscou se corrigir: "Não quero fazer crítica a ninguém, mas tivemos uma parceria para realizar."
De acordo com o vice-prefeito do Rio, Adilson Pires (PT), coordenador da campanha de Dilma no Estado, a presidente terá um compromisso com cada um dos candidatos, além de um evento de sua campanha, possivelmente reunindo todos. Ele disse que o encontro com os prefeitos foi organizado pela equipe de Pezão e minimizou o incômodo na campanha de Lindberg.
"Ao Garotinho, Lindberg e Crivella nós propusemos eventos públicos. Esse evento [do Pezão] era o mais rápido de ser organizado. Diria até que, se fosse candidato a governador, ia optar por fazer o último evento. Temos que saber administrar. Na campanha de um Estado em que a presidente tem quatro candidatos, vai haver esse tipo de reclamação natural", disse Pires.
SAIA JUSTA
O encontro também foi marcado por saia justa dentro do PMDB. Apesar da decisão da sigla de apoiar o vereador César Maia (DEM) para a vaga no Senado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), defendeu a eleição de Carlos Lupi, presente ao evento. Ele criticou mais uma vez, de forma indireta, a aliança com o DEM no Rio.
"Essa é a única mistura dessa eleição, que está misturando um monte de coisa esquisita, que pode estar certo. O resto vai dar explosão", disse o prefeito.
"Faxinado" no primeiro ano do governo Dilma por suspeitas de irregularidades no Ministério do Trabalho, Lupi fez elogios à presidente. Disse que os dias passados no governo federal foram "os mais felizes da vida". A presidente também exaltou o pedetista, ao classifica-lo como "um coração bom" e "um homem de bem".
Em seu discurso, Dilma fez críticas ao adversário. Afirmou que a oposição não teria condições de melhorar o "Mais Médicos", citou o que considerou como sucesso de organização da Copa do Mundo e voltou a lembrar a intenção do governo FHC em alterar o nome da Petrobras para Petrobrax.
"Essa será a campanha da verdade contra a mentira. Da verdade contra o pessimismo", disse Dilma.

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