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Manifestantes e jornalistas "discutem relação" sobre a cobertura de protestos

RIO DE JANEIRO, RJ - Um dia depois de jornalistas terem sido agredidos por manifestantes enquanto cobriam a liberação de três ativistas no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, o sindicato dos jornalistas do município promoveu u

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.07.2014, 19:38:00 Editado em 27.04.2020, 20:11:06
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RIO DE JANEIRO, RJ - Um dia depois de jornalistas terem sido agredidos por manifestantes enquanto cobriam a liberação de três ativistas no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, o sindicato dos jornalistas do município promoveu uma reunião para "discutir a relação".
Cerca de 60 pessoas, entre jornalistas, manifestantes e grupos de defesa de direitos humanos estiveram no encontro, ocorrido nesta sexta (25), no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio, no centro.
Relatório divulgado pela entidade aponta que desde maio do ano passado ao menos 90 jornalistas foram feridos durante a cobertura dos protestos no Rio. Desse total, 80% são de ferimentos ocasionados por ação policial.
Ainda que o relatório mostre que a violência decorre na maior parte das vezes da ação do Estado, desde o início dos protestos no Rio, jornalistas já foram hostilizados e agredidos por manifestantes insatisfeitos com a linha editorial da imprensa e com a cobertura de assuntos relacionados aos protestos na cidade. Mais recentemente, os ataques passaram a ser mais direcionados às Organizações Globo.
"Não podermos admitir usar a violência que nós [jornalistas] sofremos nas ruas para deixar de lado o papel fundamental do jornalismo, que é a garantia dos direitos humanos, da Constituição e das leis do país. Não compactuamos com a violência de nenhum dos lados, mas é preciso também que se busque o equilíbrio na cobertura", disse a presidente do sindicato, Paula Máiran.
A reunião tinha como objetivo aparar arestas, mas não foi exatamente isso que aconteceu. Houve discussão em tom exaltado entre parentes dos ativistas presos na véspera da Copa - que reclamam da cobertura da imprensa do caso - e jornalistas - que argumentam que seu trabalho vem sendo impedido.
A ativista Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, esteve no local com sua mãe, Rose de Quadros, e reclamou da maneira como é retratada na imprensa. No inquérito policial que terminou com a denúncia de 23 pessoas por formação de quadrilha armada, ela é apontada como líder de um grupo que promove violência nas manifestações.
Sininho reclamou do que ela chamou de "manipulação nojenta" da imprensa. "A gente sabe que não é o profissional em si, mas a forma nojenta que tudo está sendo manipulado quando chega lá no editor-chefe e quando sai [é publicado] é a mesma coisa que a polícia em si que sai batendo na gente", disse.
O tumulto ocorrido na quinta-feira, que terminou com o cinegrafista do SBT Tiago Ramos ferido, começou depois que os manifestantes tentaram impedir que os jornalistas registrassem de perto a saída dos três ativistas da prisão.
A mãe de Sininho se queixou da forma como os jornalistas se aproximaram. "A Elisa saiu ontem e está abalada com a truculência da mídia. A imprensa veio como cão raivoso e me amassaram no carro. Eu falo e repito: deixem minha filha em paz. Ela é um ser humano".

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