RECIFE, PE - Líder do PT no Senado, o senador Humberto Costa (PE) lamentou nesta sexta-feira (15) a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) e disse que o partido só vai discutir o impacto do acidente nas eleições a partir da semana que vem.
"Qualquer avaliação política, discussão, tomada de posição, só a partir da próxima semana é que nós vamos nos debruçar sobre isso, até em respeito ao sofrimento da família, em respeito ao sofrimento do povo de Pernambuco", afirmou o senador antes de entrar na casa de Campos para visitar a viúva, Renata.
Costa negou que o PT esteja aproveitando o vácuo deixado por Campos para atrapalhar alianças do PSB nos Estados.
"Obviamente que não [estamos atrapalhando as alianças]. O PT, neste momento, está irmanado com o sofrimento de todos os brasileiros", afirmou o líder.
PT e PSB eram aliados até outubro do ano passado, quando Campos rompeu com os petistas para ficar mais confortável nas articulações para sua candidatura.
Apesar de terem se tornado adversários políticos, Humberto Costa reconheceu a desenvoltura política de Campos.
"Reconhecemos que ele estava dando passos muito sólidos no sentido de se tornar uma liderança política nacional de expressão. Isso, sem dúvidas, é uma perda para o país", afirmou.
"Eduardo é uma pessoa que, mesmo com todas as divergências políticas, jamais deixou misturar política e relações pessoais. A perda, além de ser política, é pessoal", disse o senador, que esteve com Campos pela última vez no enterro do escritor Ariano Suassuna, no dia 24 de julho.
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