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Candidato no Paraná, Requião destitui Executiva do seu partido

ESTELITA HASS CARAZZAI CURITIBA, PR - Candidato ao governo do Paraná e segundo colocado na mais recente pesquisa Datafolha, o senador Roberto Requião (PMDB) destituiu, nesta sexta-feira (15) à tarde, a Executiva do seu próprio partido por entender que ha

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.08.2014, 16:41:00 Editado em 27.04.2020, 20:10:32
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ESTELITA HASS CARAZZAI
CURITIBA, PR - Candidato ao governo do Paraná e segundo colocado na mais recente pesquisa Datafolha, o senador Roberto Requião (PMDB) destituiu, nesta sexta-feira (15) à tarde, a Executiva do seu próprio partido por entender que havia pessoas "sabotando" sua campanha.
Acompanhado por membros do PMDB favoráveis à sua candidatura, Requião realizou uma votação em frente à sede, que determinou a dissolução da comissão executiva por "infidelidade partidária", e nomeou novos membros, todos seus aliados.
Em seguida, chamou um chaveiro e invadiu o local, que estava fechado em sinal de luto pela morte de Eduardo Campos (PSB-PE).
"Eles estão atrapalhando nosso caminho. Eles passarão e nós, passarinho", disse o candidato, citando um verso do poeta Mario Quintana (1906-1994).
O PMDB do Paraná estava dividido entre lançar Requião ou apoiar seu rival, o atual governador Beto Richa (PSDB). Os membros da Comissão Executiva, entre eles o então presidente estadual, Osmar Serraglio, estavam entre os principais defensores da aliança com os tucanos.
Requião ganhou o direito de ser candidato na convenção de junho, após uma votação.
Richa está à frente de Requião na pesquisa mais recente do Datafolha: tem 39% das intenções de voto, contra 33% do peemedebista. Considerando a margem de erro, porém, de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.
Membros depostos da Executiva, como Serraglio e o ex-governador Orlando Pessuti, antigo aliado de Requião, registraram um boletim de ocorrência pela invasão do partido e pretendem entrar na Justiça para anular a decisão desta sexta-feira (15).
A votação foi feita por membros do diretório estadual, numa reunião convocada previamente, como estabelece o estatuto do partido. Foram 42 votos contra 1 pela dissolução da Executiva.
Segundo os opositores de Requião, porém, não é prerrogativa do diretório destituir a diretoria, tal como ocorreu. Além disso, a medida cabível no caso de infidelidade partidária, argumentam, seria realizar um julgamento no comitê de ética.
"É uma agressão ao partido. Nem no tempo da ditadura militar se tem registrado invasão de partidos políticos. Foi um ato truculento", afirma Pessuti.
Segundo ele, ninguém estava fazendo campanha para outros candidatos ao governo, como sustenta Requião. "Podem só não estar fazendo campanha para ele", diz. "Ele hostiliza as pessoas."

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