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2 - Em discurso no Rio, Marina associa Dilma a Sarney, Collor e Maluf

ADRIANO BARCELOS RIO DE JANEIRO, RJ - Candidata do PSB à Presidência da República, a ex-senadora Marina Silva participou na noite deste sábado (30) de um encontro com jovens da Rede Sustentabilidade - legenda criada por ela, mas não formalizada - e PSB

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.08.2014, 21:43:00 Editado em 27.04.2020, 20:09:51
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ADRIANO BARCELOS
RIO DE JANEIRO, RJ - Candidata do PSB à Presidência da República, a ex-senadora Marina Silva participou na noite deste sábado (30) de um encontro com jovens da Rede Sustentabilidade - legenda criada por ela, mas não formalizada - e PSB na Lapa, região central do Rio.
O encontro ocorreu no Teatro Odisseia, uma casa noturna conhecida da região boêmia da capital fluminense. Marina falou por 32 minutos. À vontade com os jovens, a ex-senadora reiterou seu papel de porta-voz dos movimentos de junho de 2013 e fez críticas aos principais adversários na corrida presidencial, Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, e Aécio Neves (PSDB). No caso de Dilma, Marina destacou uma associação entre ela e nomes desgastados da política brasileira, como José Sarney (PMDB), Fernando Collor (PTB) e Paulo Maluf (PP).
Ela explicava porque seria importante não eleger os rivais: "Se o Aécio ganhar, ele tem tanto tempo de televisão, o partido dele é tão poderoso, que ele vai agradecer ao tempo de televisão, ao marqueteiro e ao partido poderoso. Se a Dilma ganhar, ela vai agradecer aos 11 minutos (de TV), vai agradecer ao Sarney, ao Collor, ao Maluf, à toda essa gente que está hoje junta e misturada."
E prosseguiu: "se eu e o Beto, se ganharmos, sabe a quem devemos satisfação? Vocês acham que eu vou imaginar que é por causa de dois minutos de televisão? Nós temos é a sociedade brasileira", concluiu a candidata do PSB.
Em outro trecho de sua manifestação, Marina relembrou as circunstâncias que a levaram a se aproximar de Eduardo Campos (PSB), que era o candidato e morreu tragicamente em um acidente de avião em Santos (SP) no dia 13.
"No dia 4 de outubro, quando foi negado o registro da Rede Sustentabilidade, eu agradeço a Deus e aos meus companheiros da Rede por termos tomado a decisão de em vez de nos omitir diante de tudo que está acontecendo no Brasil, a inflação voltando a crescer, os juros crescendo, o país com crescimento baixo, a recessão ameaçando o seu emprego, a sua vida digna", disse.
"Em vez de nos omitirmos, irmos para uma anticandidatura, não fazendo jus ao compromisso de quem teve 20 milhões de votos e que naquele momento tinha 26% da intenção de voto... quando foi negado, a decisão tomada foi ir na direção de Eduardo. Se eu não tivesse tomado aquela decisão, agora eu me sentiria envergonhada", salientou.
VICE CRITICA BC
O encontro ocorreu em clima de assembleia estudantil. As bandeiras vermelhas dos partidos tradicionais da esquerda, mesmo as do PSB, ficaram de fora. Apenas uma bandeira do Acre, pendurada na parede, fazia um mimo à senadora. Vários jovens pintaram a cara com tinta em duas listinhas verdes e amarelas, lembrando a pintura clássica dos caras-pintadas que derrubaram o então presidente Collor em 1992.
A organização do encontro escolheu seis jovens para fazerem perguntas a Marina e Beto Albuquerque (PSB-RS), mas na prática apenas o vice as respondeu em sua fala. Ele, aliás, criticou em sua manifestação o custo financeiro da alta dos juros de parte do Banco Central e sugeriu ação do governo para atuar sobre a instituição o que contradiz Marina, que defende a autonomia para o Banco Central.
"Alguém poderia perguntar, como vamos pagar o passe livre (estendido a todos os estudantes do país)? Um por cento na taxa Selic custa R$ 28 bilhões ao Brasil. Quando aumenta a taxa Selic a imprensa brasileira não vai lá no [Alexandre, presidente do Banco Central] Tombini ou no Guido Mantega [ministro da Fazenda] dizer: de onde vai sair o dinheiro desse aumento da taxa de juros? Vamos fazer o passe-livre e aí todo mundo quer saber de onde vai sair o dinheiro. Vai sair da rigidez com que Marina vai comandar o país", afirmou.
Ao deixar o teatro, perguntado sobre as declarações sobre os juros, o vice afirmou que o Brasil tem que trabalhar com juros razoáveis.
"A nossa posição é que pagar R$ 28 bilhões para ter um por cento na taxa de juros é contrassenso. O Brasil tem que trabalhar com juros razoáveis e dignos e o governo tem de fazer a sua parte, porque aumento de imposto e taxa de juros é um atestado da insuficiência e da incompetência do governo. Quando aumenta juro se faz o povo pagar por aquilo que o governo não fez."
Marina não falou com a imprensa na saída do teatro. A assessoria argumentou que ela já havia se manifestado pela manhã, em uma agenda na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. Ela embarcaria para São Paulo na noite do sábado.

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