2 - Aécio tem domingo de campanha com artistas e ex-jogadores no Rio

ADRIANO BARCELOS
RIO DE JANEIRO, RJ - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, colheu o apoio de jogadores e artistas que participaram de uma partida de futebol amistosa, no domingo (31), organizada na sede da Escola Zico 10, estrutura mantida pelo ex-jogador do Flamengo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.
Além de ex-jogadores como Claudio Adão, Dadá Maravilha e o anfitrião Zico, participaram da partida ex-atletas que ingressaram na política e são candidatos, como Bebeto (SDD), que disputa a reeleição como deputado estadual no Rio, e Giovane Gávio, ex-jogador de vôlei que disputa uma vaga de deputado federal pelo PSDB de Minas Gerais, além de artistas como o cantor Fagner e os atores Eri Johnson e Marcio Garcia.
Aécio recebeu um documento de três páginas com compromissos apresentados pelos atletas para o esporte no país. Ele disse que acolherá a proposta, que será apresentada ainda aos demais candidatos à Presidência. O texto traz números sobre a prática esportiva no país, mencionando que "somente 33% das pessoas fazem atividade física suficiente nas capitais brasileiras" e 15% das pessoas nessas cidades são totalmente inativas.
O jingle de campanha de Aécio foi repetido durante todo o jogo e um grupo de cabos eleitorais fez o papel de torcida. Do lado de fora, artistas que não jogaram foram ao encontro do candidato, como os atores Milton Gonçalves, Jackson Antunes, Rosa Maria Murtinho e Mauro Mendonça. Integrantes da Velha Guarda da Mangueira improvisaram uma roda de samba para o tucano.
CANDIDATO PERDE PÊNALTI
Disputado com sete jogadores de cada lado, em gramado sintético, o jogo ia para o final quando o juiz inventou um pênalti para homenagear o candidato. Aécio bateu para fora. O juiz -como é comum neste tipo de jogo- argumentou que o goleiro se adiantou e determinou que o tucano repetisse a cobrança. Dessa vez, a bola entrou. Aécio ainda faria outro gol, com bola rolando, na partida que acabou 5 a 3 para a equipe do candidato.
Aécio posou para dezenas de fotos e, na entrevista, procurou reforçar a ideia de que é o mais preparado para promover a mudança. Disse textualmente que o grupo político que está no poder, o de Dilma Rousseff (PT), não sairá vencedor em outubro e procurou estabelecer diferenças entre sua proposta e a de Marina Silva (PSB) a favorita para suceder Dilma conforme as pesquisas de opinião pública.
"O esforço não é o de depreciar ou de retirar o caráter de boas intenções das propostas de meus adversários. Eu tenho um projeto de país e o Brasil não é para amadores. Eu vejo na proposta do PSB um número muito grande de contradições em relação àquilo que se propõe hoje e ao que se praticou no passado", disse, citando que os partidos de esquerda -o que inclui o PSB- não se alinharam ao governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em propostas como a Lei de Responsabilidade Fiscal.
INVESTIGAÇÃO EM MINAS
Questionado sobre a investigação produzida pelo Ministério Público de Minas Gerais em 2009, que aponta suspeita de irregularidades em um convênio celebrado pelo governo mineiro para a realização do programa Poupança Jovem, uma das vitrines de sua gestão no Estado, Aécio afirmou que não foi citado pela Justiça.
"[Sobre a investigação] tem de perguntar para o promotor, que abriu a investigação e nem fomos citados em relação a isso ainda. Temos que tomar muito cuidado com essas notícias que vêm em véspera de eleição. Eu faria uma primeira pergunta: alguém que abriu uma investigação em 2009 não citou o Estado até hoje?", afirmou o candidato.