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Dilma afirma que dívida líquida do país está estável e não é preocupante

MARIANA HAUBERT BRASÍLIA, DF - A presidente Dilma Rousseff minimizou nesta quarta-feira (1º) os resultados negativos apurados para as contas do setor público (União, Estados e municípios) divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (30). Para a presi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.10.2014, 20:18:00 Editado em 27.04.2020, 20:07:55
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MARIANA HAUBERT
BRASÍLIA, DF - A presidente Dilma Rousseff minimizou nesta quarta-feira (1º) os resultados negativos apurados para as contas do setor público (União, Estados e municípios) divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (30). Para a presidente, o Brasil tem uma das taxas mais baixas da dívida líquida sobre o PIB (Produto Interno Bruto) do mundo e o governo tem tido um "desempenho nessa área inquestionável".
Segundo o Banco Central, as contas públicas registraram um rombo de R$ 14,46 bilhões em agosto. É o quarto mês seguido de deficit nas contas públicas, e também o pior resultado para um mês de agosto. Esse valor é a diferença entre receitas e despesas, sem contar o pagamento dos juros da dívida pública.
O principal indicador de endividamento do setor público, a relação entre dívida líquida e PIB, subiu de 35,4% em julho para 35,9% em agosto. O Banco Central estima que, no próximo mês, a dívida vá cair para 35% do PIB, movimento impulsionado pela valorização do dólar.
"Temos uma das mais baixas dívidas líquidas. Isso é cíclico, varia pelo mês. Ela já esteve em 33,8% no ano passado. Nós estamos certos que a dívida líquida sobre PIB fica nessa faixa e não sai dela. Eu não ouvi ninguém dizer que 35% seja dívida líquida preocupante nem aqui e nem em lugar nenhum do mundo", disse a presidente em entrevista coletiva concedida no Palácio da Alvorada.
Segundo Dilma, o Brasil "deve ser a sexta ou a sétima [economia]" entre os países do G20 com menor dívida líquida porque o governo fez superávit primário. "Dos países do G20 somos o segundo maior superávit primário porque as grandes economias não fazem apesar de terem uma dívida elevadíssima. [...] Nós temos tido um desempenho nessa área inquestionável", disse.
CRECHES
Candidata à reeleição pelo PT, Dilma convocou uma coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada para apresentar seu compromisso com a ampliação do número de creches e pré-escolas em todo o país em um eventual segundo mandato. A fala de Dilma foi uma resposta à sua adversária, a candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, que a acusou de ter construído apenas 400 creches, em um discurso inflamado em que chamou Dilma de mentirosa.
"Não me venha chamar de mentirosa. Mentira é quem diz que não sabe que tinha roubo na Petrobras, mentira é quem diz que não sabe o que está acontecendo na corrupção deste país, mentira é quem diz que ia fazer 6 mil creches e só fez 400", afirmou Marina durante evento com apoiadores em São Paulo, nesta quarta.
Dilma afirmou que quando concorreu à Presidência em 2010, ela prometeu construir 6 mil creches em todo o país. A presidente destacou que precisou criar um modelo de creche a ser implantado para suprimir alguns gargalos da construção. "Assumimos pelo governo federal a responsabilidade pelo custeio desde o dia em que a creche ficava pronta até o dia em que o prefeito recebia o recurso. Nós iniciamos uma grande revolução nessa área", disse.
A presidente apresentou números de creches construídas no seu governo e no do ex-presidente Lula. "Conseguimos contratar 6.452 creches. Além dessas, assumi as 1.938 creches originadas no governo do presidente Lula que estavam em estado muito inicial. Do total geral, temos funcionando e já entregues 2.052. Estão em construção, com obras contratadas, 4.055. E como tivemos muito pedidos de prefeitos, temos mais 2.283, entre creches e pré-escolas, já contratadas e o prefeito está iniciando a obra", explicou.
CORREIOS
Questionada sobre o vídeo em que um deputado estadual petista de Minas Gerais afirma que ela devia seu bom desempenho na campanha eleitoral no Estado "à contribuição" dos Correios, Dilma afirmou que a história é um "absurdo". A reportagem foi publicada pelo "O Estado de S. Paulo" nesta quarta.
"Vocês, que são jornalistas, acreditam nisso? Estamos vivendo um período eleitoral que fica uma situação muito nervosa. Isso é um absurdo, pô", disse.
Em nota divulgada nesta quarta (1º), a direção dos Correios negou que a estatal tenha atuação "político-partidária" nestas eleições e rebateu ainda críticas do candidato à Presidência Aécio Neves, que afirmou ter recebido denúncias de que a empresa deixou de entregar correspondências e material de campanha do PSDB em Minas Gerais.
MARINA
Diferentemente do que vinha fazendo, a presidente evitou atacar Marina Silva ao ser questionada sobre se achava ser possível o uso de 10% do orçamento na saúde, como prometeu Marina nesta quarta. "No primeiro debate, eu mostrei para ela as promessas e perguntei da onde viriam os recursos e ela me respondeu. Não tenho como te responder", afirmou.
A coletiva de imprensa foi mais rápida do que o normal porque Dilma está rouca. Ao final da entrevista, ela garantiu que comparecerá ao último debate presidencial, marcado para esta quinta-feira (2) na Rede Globo, mesmo que ainda estiver sem voz. Ela está se preparando com gargarejos.

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