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Com ânimos acirrados, eleição no Pará chega indefinida à reta final

LUCAS REIS, ENVIADO ESPECIAL PARÁ, PA - Trocas de acusações, tensão entre militantes e um cenário indefinido marcam a eleição para o governo do Pará, único Estado do país cuja votação jamais foi decidida em primeiro turno. O atual governador, Simão Jate

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.10.2014, 16:24:00 Editado em 27.04.2020, 20:07:43
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LUCAS REIS, ENVIADO ESPECIAL
PARÁ, PA - Trocas de acusações, tensão entre militantes e um cenário indefinido marcam a eleição para o governo do Pará, único Estado do país cuja votação jamais foi decidida em primeiro turno.
O atual governador, Simão Jatene (PSDB), 65, tenta ocupar o cargo pela terceira vez em uma disputa polarizada com Helder Barbalho (PMDB), 35, filho do senador Jader Barbalho (PMDB).
Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada em 13 de setembro, Jatene e Barbalho estão tecnicamente empatados. O governador tem 42%, ante 38% de Barbalho.
O empate persistia na simulação de segundo turno e no índice de rejeição. O Pará tem 5,1 milhões de eleitores, sendo 1 milhão em Belém.
Outra pesquisa Ibope seria divulgada há dez dias, mas a Justiça Eleitoral questionou a metodologia empregada e vetou a publicação dos resultados após questionamento da coligação de Barbalho.
ARTILHARIA
Na última semana de campanha, Jatene e Barbalho ampliaram os ataques, acirrando os ânimos entre eleitores e cabos eleitorais.
Em Belém, a reportagem presenciou brigas envolvendo militantes em campanha na rua. Também houve acusações de vandalismo contra materiais publicitários, e um homem disse ter sido espancado por supostos seguranças da coligação de Barbalho após uma caminhada do candidato.
O debate esquentou quando a campanha do peemedebista apresentou acusação a Izabela Jatene, filha do governador, em áudio de 2011 gravado pela polícia, em que ela pedia ao subsecretário de Receita a lista das 300 maiores empresas do Estado para "buscar um dinheirinho".
Os tucanos responderam afirmando que a gravação foi tirada de contexto e omite a parte em que Izabela diz que o dinheiro é para financiar o Propaz, programa social que ela coordena.
O caso motivou reação de Jatene, que passou a atacar diretamente seu oponente, sobretudo associando-o a Jader Barbalho. Durante a eleição, Helder evitou usar a imagem do pai e não empregou o sobrenome nas peças publicitárias.
"Eles, tendo se sujado e se emporcalhado na sua vida, sem chance de se limpar, só têm um objetivo: sujar as pessoas de bem para se nivelar. A mim, não, eu não me meço pela régua deles", disse o governador em seu último comício, em Ananindeua, cidade em que Helder foi prefeito duas vezes.
A campanha de Barbalho atacou os tucanos sobretudo no rádio, onde diariamente ironizava Jatene, elencando promessas não cumpridas, além de exibir baixos indicadores sociais.
"Não dá para suportar tanta incompetência e irresponsabilidade [de Jatene]. A população não acredita mais e se cansou dessa forma de fazer política", afirmou Barbalho em uma de suas últimas agendas de campanha.
Até o início de setembro, o peemedebista declarou gastos de R$ 2,5 milhões na campanha, quase o dobro do R$ 1,3 milhão de Jatene no período.
Segundo o TRE-PA (Tribunal Regional Eleitoral), a campanha no Pará motivou 600 denúncias e 120 ações judiciais até sexta-feira (3).
Dos 144 municípios do Pará, 56 receberão apoio de força federal a pedido do TRE. No Estado, cerca de 20 mil homens atuarão para evitar confrontos e crimes eleitorais.

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