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Sem ataques diretos, Dilma e Aécio tratam sobre Petrobras, saúde e inflação

SÃO PAULO, SP - Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) começaram neste domingo (19) o debate na Record mais propositivos e sem grandes ataques. No debate do SBT, na quinta-feira (16), os dois candidatos à Presidência se atacaram ver

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.10.2014, 23:15:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:45
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SÃO PAULO, SP - Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) começaram neste domingo (19) o debate na Record mais propositivos e sem grandes ataques.
No debate do SBT, na quinta-feira (16), os dois candidatos à Presidência se atacaram verbalmente. Logo no começo, o tucano partiu para o ataque sobre "denúncias a todo momento" e a Petrobras. Não demorou, poucos minutos de debate, e estavam ambos a falar da "irmã" de um e do "irmão" da outra, com denúncias preparadas. O tucano acusou constantemente Dilma de "leviana" e de mentirosa, no primeiro bloco do debate deste domingo Aécio não citou nenhuma vez esses termos.
Entre os principais temas tratados pelos candidatos neste primeiro bloco estão o escândalo da Petrobras, o Supersimples, segurança pública, emprego, inflação, corrupção e saúde.
Antes do debate deste domingo, a presidente disse que que tem "muitas propostas para apresentar", mas "é impossível escutar agressões, preconceitos e desrespeito sem responder". "Vamos fazer a campanha olhando para o futuro, não olhando para o retrovisor", afirma o tucano ao longo do debate.
De acordo com a última pesquisa Datafolha a disputa pela Presidência da República continua extremamente acirrada. O senador Aécio Neves (PSDB) tem 51% dos votos válidos, a presidente Dilma Rousseff (PT) alcança 49%.
É um empate técnico, com exatamente os mesmos percentuais de voto válido da primeira pesquisa Datafolha do segundo turno, feita nos dias 8 e 9 deste mês. Nos dois casos, a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Em votos totais, Aécio tem 45%; Dilma, 43%. Na rodada anterior, cada um tinha um ponto percentual a mais. Os eleitores dispostos a votar nulo ou em branco oscilaram de 4% para 6%. Os indecisos continuam sendo 6%.
PETROBRAS
Aécio pergunta se o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixará suas funções após ser citado por envolvidos no caso de corrupção da Petrobras. O tucano afirma que faltou governança na gestão da Petrobras e ressalta que o tesoureiro do PT recebia uma porcentagem de propinas pagas por prestadores de serviço da estatal.
Dilma rebate a pergunta e pergunta se ele confia nas pessoas do PSDB que também foram acusadas pelo delator Paulo Roberto Costa. Dilma cita a delação do caso do cartel do Metrô e dos trens de São Paulo, e a época, Aécio teria dito que não dá pra acreditar em delator. Dilma diz que o presidente do PSDB teria recebido dinheiro para abafar uma CPI, ao contrário dela, que manda investigar, ela diz que nunca transferiu delegados de cidade para evitar investigações.
Aécio sorri e diz que o Brasil tem "investigações que investigam, e que se não for comprovado nada, as pessoas são inocentes". O tucano ressalta que não foi Dilma quem manda investigar, "triste de um país onde um presidente manda investigar, isso funcionaria em ditaduras amigas de seu governo".
Em depoimento prestado à Justiça Federal no Paraná, em 8 de outubro, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que, enquanto esteve na direção da empresa, entre 2004 e 2012, participou de um esquema de desvio de recursos de obras da companhia.
Segundo Costa, eram cobrados 3% a mais em cada contrato, repartidos pelos partidos beneficiados eram PT, PP e PMDB. O esquema, sustenta Costa, tinha a participação de empreiteiras, que integravam um cartel que dividia as obras da companhia. Partidos e empreiteiras rechaçam a acusação.
Costa foi preso em decorrência da Operação Lava Jato, em março. Assinou acordo de delação premiada e, desde o início do mês, cumpre prisão domiciliar, no Rio de Janeiro, enquanto aguarda julgamento.
SUPERSIMPLES
Supersimples é um sistema simplificado de tributação de micro e pequenas empresas que faturem até R$ 3,6 milhões por ano. O sistema foi criado a partir de um acordo entre o governo petista e o PSDB em 2003. Com a nova lei, as alíquotas vão de 4% a 22,45% do faturamento, dependendo do setor.
Aécio elogia a pergunta da petista e diz que pretende ampliar o alcance do Simples e simplificar o sistema tributário para todos os brasileiros, para gerar novos empregos.
Dilma afirmou que em sua gestão, o Simples cresceu 111% e que foi universalizado com 140 tipos de negócio incluído no regime tributário. "Trabalhamos para o fim do abismo tributário", concluiu.
SEGURANÇA
Aécio volta ao tema da segurança pública mencionando novamente estudo da Unicef sobre a morte de jovens. O tucano lembra que o governo federal investiu apenas 0,4% do orçamento com a área e diz que até o final do debate, duas mães estariam chorando as mortes de seus filhos.
Sobre segurança, a presidente diz que vem investindo cada vez mais na área, e compara os gastos do governo FHC (R$ 1,2 bilhão) contra o governo atual, que gasta (R$ 4,2 bilhões). A petista volta a usar Minas Gerais para atacar o tucano, que foi governador do Estado, para ressaltar que a taxa de homicídios aumentou enquanto no Sudeste o índice caiu.
ECONOMIA
A presidente Dilma chama Aécio de pessimista e nega que o crescimento será só de 0,3%. De acordo com analistas de mercado e do FMI (Fundo Monetário Internacional), essa é a estimativa de crescimento do Brasil. Já o Banco Central projeta crescimento de 0,7%.
DESEMPREGO
Dilma afirma que o Brasil tem uma das menores taxas de desemprego da história –5%, a menor taxa da história. A presidente diz que seu governo criou 5,6 milhões de empregos, dados oficiais.
Apesar de Dilma repetir que o desemprego é o menor da história, a metodologia atual só começou a ser aplicada em 2001, o que torna impróprias comparações com períodos anteriores.
Dilma repete que desemprego é o menor da história, mas a metodologia atual só começou a ser aplicada em 2001, o que torna impróprias comparações com períodos anteriores.
INFLAÇÃO
Sobre a inflação, Dilma diz que tem o compromisso de combater de forma drástica. "Eu tenho certeza que a inflação está sob controle e isto é inequívoco".
A presidente disse ainda que considera muito grave a história de 3% de inflação, pois assim Aécio iria triplicar o desemprego, chegando a 16% e a taxa de juros chegará a 25%. "A receita é a mesma, recessão e recessão, e o cozinheiro é o mesmo, Armínio Fraga", diz a petista.
Aécio questiona por que Dilma disse, no debate passado, que se baixarmos a inflação a 3%, teremos mais desemprego. O tucano afirma que Dilma está equivocada quando o diz que ele governou o país: "Eu ainda não governei o Brasil."
"Vocês governaram, sim, o Brasil, não lave suas mãos, o senhor tem responsabilidades", afirmou a petista.
Aécio diz ter orgulho de ter participado do governo FHC e diz que instituições estão sendo contaminadas, como o IBGE, Ipea, pois estão com problemas nos dados. "Esta é uma outra herança perversa deste governo, instituições perdendo a credibilidade".

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