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No Congresso do Trigo, Richa defende maior apoio ao produtor

O governador Beto Richa participou nesta segunda-feira (20), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, do 21° Congresso Internacional do Trigo e destacou a importância do apoio ao setor, neste momento em que há excesso de oferta e, por consequência, queda nos

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Publicado em 20.10.2014, 14:30:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:44
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O governador Beto Richa participou nesta segunda-feira (20), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, do 21° Congresso Internacional do Trigo e destacou a importância do apoio ao setor, neste momento em que há excesso de oferta e, por consequência, queda nos preços pagos aos produtores.

“Após sofrer com geadas, que acarretaram perdas, temos neste ano forte produção. O apoio do Governo Federal é essencial, ainda mais para o Paraná, que é o principal produtor do País”, afirmou o governador. “É preciso a participação da indústria e da União para apoiar os produtores de trigo. É muito importante um evento deste porte, que debate as questões relacionadas à produção de trigo, sob a ótica da indústria”, disse Richa, ao lado do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Sérgio Amaral.

Realizado pela Abitrigo, o evento reúne produtores, indústrias do trigo, indústrias dos derivados, além de representação estrangeira de países como Argentina, Paraguai e Uruguai.

RECORDE – A safra do Paraná foi a maior do país em 2014, somando 4 milhões de toneladas. A área cultivada aumentou em 35%, chegando a 1,3 milhão de hectares.

Após intempéries climáticas, que reduziram a produção nacional de trigo, o Governo Federal importou 4,6 milhões de toneladas para suprir a demanda interna. Mas a safra nacional chegou a 7,7 milhões de toneladas que, somada aos estoques do produto importado, resultou em excesso de oferta.

Em setembro, o preço pago aos produtores foi de R$ 30,00 a saca de 60 quilos – 39% menor que em setembro do ano passado e 10% menor que o preço mínimo fixado pelo Governo Federal.

A Secretaria Estadual da Agricultura e as entidades do setor têm alertado para a necessidade de o Governo Federal intervir no mercado de trigo, liberando recursos para a comercialização através das AGF (aquisições do governo federal) a fim de regular a oferta e dar sustentação aos preços, no mínimo para remunerar os custos de produção. Em setembro o governo federal anunciou R$ 200 milhões em AGFs, mas os recursos ainda não foram disponibilizados e a oferta farta pressiona os preços para baixo.

“O governo estadual incentiva a triticultura de várias formas”, disse Richa, citando a aplicação de R$ 5,7 milhões na subvenção do prêmio de seguro rural do trigo, com um total de 4.350 apólices de triticultores. Isso reduz o custo da apólice do seguro rural. “Contudo, a falta de uma política federal de garantia à produção e à comercialização ameaça desestimular o setor, que precisa de estabilidade. Isso não é ruim só para o produtor, mas sobretudo para o País, pois aumenta a necessidade de importação e trigo é uma questão de segurança nacional em abastecimento alimentar”, disse o governador.

QUALIDADE – Na abertura do Congresso, o presidente da Abitrigo, Sérgio Amaral, afirmou que o setor tem temas a debater com o governo nos diferentes segmentos da cadeia do trigo. “Dentre os temas, destacamos a alimentação saudável e qualidade”, disse ele.

“Cada vez mais o consumidor se preocupa com a alimentação saudável. Existem as chamadas ‘dietas da moda’, que nós precisamos discutir e esclarecer o consumidor”, afirmou Amaral. “Quanto melhor o trigo, melhor será o consumo dos moinhos e cada vez mais se conseguirá atender a exigência consumidor, que está disposto a pagar mais pelo que é bom”, destacou.

PANIFICAÇÃO - Uma das questões fundamentais para se trabalhar a qualidade do trigo diretamente ao consumidor é a panificação, outro tema discutido durante o Congresso em Foz do Iguaçu. “Não adianta nada promover o consumo do trigo se quando o consumidor vai à padaria, sobretudo nos lugares mais distantes como no interior, ele encontra um pão de má qualidade”, disse Amaral.

O presidente da Abitrigo destacou a cooperação internacional com a escola de panificação nos EUA. “Trouxemos o vice-presidente da União internacional da panificação para fazer um esforço conjunto em todos os segmentos da cadeia brasileira do trigo e melhorar a qualidade da panificação. Queremos firmar uma parceria com especialistas estrangeiros e também com todos os que já fazem isso no Brasil, em muitos casos, muito bem”, afirmou Amaral.

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