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PSDB quer ouvir Dilma e Palocci na CPI da Petrobras

BRASÍLIA, MG - Num resposta aos aliados da candidata à reeleição Dilma Rousseff, o PSDB apresentou nesta quinta-feira (23) na CPI mista da Petrobras pedido para ouvir a presidente e o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda). Os requerimentos são uma respost

Da Redação

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Publicado em 23.10.2014, 16:58:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:36
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BRASÍLIA, MG - Num resposta aos aliados da candidata à reeleição Dilma Rousseff, o PSDB apresentou nesta quinta-feira (23) na CPI mista da Petrobras pedido para ouvir a presidente e o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda). Os requerimentos são uma resposta ao PT, que pediu a convocação do candidato Aécio Neves (PSDB) e de tucanos que participaram da campanha eleitoral de 2010.

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A CPI virou palco para o embate entre governo e oposição desde o início da disputa eleitoral, mas os conflitos ganharam força depois que Aécio e Dilma chegaram ao segundo turno da corrida à Presidência da República.

Os requerimentos do PSDB foram apresentados pelo deputado Izalci (PSDB-DF), que justifica o convite a Dilma com o argumento de que sua campanha nas eleições de 2010 teria recebido R$ 2 milhões do esquema de corrupção da Petrobras.

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"O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, declarou que no ano de 2010 havia sido procurado por Antonio Palocci, coordenador do comitê eleitoral do PT, para repassar R$ 2 milhões para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff à Presidência da República, via Alberto Youssef", afirma o tucano na justificativa do convite.

Segundo Izalci, a presença de Palocci também é necessária porque Paulo Roberto apontou o ex-ministro como responsável por arrecadar o dinheiro. Ao contrário de Dilma, que pode ser convidada a depor, o requerimento que envolve Palocci é de convocação --o que obriga o ex-ministro a comparecer à CPI.

Palocci foi um dos coordenadores da campanha de Dilma em 2010.

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"O fato é de extrema gravidade, de maneira que se faz necessária a vinda de Antônio Palocci para prestar esclarecimentos a esta Comissão", disse Izalci.

O PT apresentou requerimentos para ouvir, além de Aécio, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG) e o ex-ministro José Gregori. Autor dos pedidos, o deputado Afonso Florence (PT-BA) disse que Paulo Roberto também revelou o repasse de recursos do esquema de fraudes na Petrobras para o PSDB em 2010, por isso Aécio deve ser ouvido --já que é o presidente do partido.

"A oitiva do senador Aécio Neves é fundamental para que essa CPMI possa elucidar os atos de corrupção que foram efetivamente praticados, os agentes corruptores, os beneficiários e o modus operandi utilizado, ao mesmo tempo em que possibilitará ao referido depoente defender a agremiação que preside de tais alegações", disse Florence.

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Rodrigo de Castro é tesoureiro do PSDB e José Gregori foi responsável pelas finanças da campanha presidencial dos tucanos em 2010. Já o senador Álvaro Dias, segundo Florence, precisa ser ouvido por ser de Londrina (PR) --região onde nasceu o doleiro Alberto Youssef.

O auxiliar do doleiro, Leonador Meirelles, disse em depoimento à Justiça Federal que um dos parlamentares do PSDB beneficiados pelo esquemas de corrupção teria nascido em Londrina.

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Para que Aécio, Dilma e os demais citados nos requerimentos sejam convocados, a CPI precisa aprovar os pedidos do PT e do PSDB. A comissão de inquérito volta a se reunir na semana que vem, depois das eleições, para colher o depoimento de Youssef na quarta-feira (29).


ATESTADO

A CPI também recebeu nesta quinta-feira documento do médico que assinou o atestado apresentado pelo diretor de abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, para faltar a depoimento marcado pela CPI para esta terça (22).

O médico afirma que ele próprio incluiu no atestado a CID (Classificação Internacional de Doenças), detalhando a razão médica para Cosenza não depor. Como a CID foi incluída no atestado depois que o documento chegou à CPI, a oposição disse que houve adulteração no atestado. O comando da CPI prometeu investigar se houve fraude.

De autoria do médico José Eduardo Castro, o primeiro atestado que chegou à comissão de inquérito não fazia nenhuma referência aos sintomas nem a doença que acometia o ex-diretor. Cosenza alegou problemas cardíacos para não depor.

No documento encaminhado nesta quarta à CPI, o médico diz que a pedido de Cosenza ele incluiu a CID no atestado.

Segundo técnicos da comissão, após identificarem a ausência da CID a CPI entrou em contato com a Petrobras para a complementação do dado. Minutos antes do início da reunião da CPI, foi encaminhado um segundo documento informando que Cosenza teve uma crise hipertensiva.

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