SÃO PAULO, SP - A presidente Dilma Rousseff sancionou, com dois vetos, a lei que altera o indexador da dívida dos Estados e municípios, o que reduzirá os encargos pagos à União. A lei foi aprovada no começo de novembro pelo Senado e era uma reivindicação antiga de governadores e prefeitos. A sanção foi publicada na edição desta quarta-feira (26) do "Diário Oficial da União". As informações são da Agência Brasil.
Com a nova lei, as dívidas deixarão de ser corrigidas pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) mais juros de 6% a 9% ao ano, e passarão a ser calculadas com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais 4% de juros ao ano ou pela taxa básica de juros, a Selic, o que for menor.
A lei garante a aplicação da correção retroativa com os novos índices para dívidas contraídas antes de 1° de janeiro de 2013.
Dilma vetou dois trechos do texto aprovado pelo Senado. Um deles foi o Artigo 1º, que alterava as regras para concessão de benefícios e incentivos tributários. Segunda Dilma, as mudanças da Lei de Responsabilidade Fiscal propostas neste artigo foram sugeridas pelo Executivo em momento de expansão da arrecadação e a derrubada agora justifica-se pela alteração da conjuntura econômica, segundo o texto que explica o veto.
O outro trecho vetado foi o 4º parágrafo do Artigo 2°, que determinava que os encargos para os títulos federais ficariam limitados à taxa Selic. Na justificativa para esse veto, Dilma argumentou que a medida levaria ao tratamento não isonômico entre entes, porque, segundo ela, a maioria dos devedores já pagou a dívida no prazo inicial. Além disso, a União não é a única credora do refinanciamento objeto da referida lei.
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.11.2014, 12:32:23 Editado em 27.04.2020, 20:05:33
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