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​'Cadeia não conserta ninguém', diz ministro sobre redução da maioridade

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (1º) que a redução da maioridade penal, debatida atualmente no Congresso Nacional, não deve diminuir a violência no país. O magistrado, no entanto, considera que

Da Redação

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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello. (Foto: Carlos Humberto/SCO/STF)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello. (Foto: Carlos Humberto/SCO/STF)
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.04.2015, 14:34:00 Editado em 27.04.2020, 20:01:20
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O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (1º) que a redução da maioridade penal, debatida atualmente no Congresso Nacional, não deve diminuir a violência no país. O magistrado, no entanto, considera que a eventual mudança na idade mínima para cidadãos responderem criminalmente por seus atos não contraria a Constituição.

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“Não vamos dar uma esperança vã à sociedade, como se pudéssemos ter melhores dias alterando a responsabilidade penal, uma faixa etária para se ser responsável nesse campo. Cadeia não conserta ninguém”, afirmou o ministro, após participar de evento que comemorou os 207 anos da Justiça Militar, em Brasília. Nesta terça, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deu aval para que a proposta que reduz a maioridade penal no Brasil de 18 para 16 anos tramite no Legislativo. Com a decisão, os deputados avaliam que o texto da PEC está adequado à Constituição.

Os deputados contrários à redução argumentam que a proposta é inconstitucional porque consideram a regra dos 18 anos uma garantia individual, que, segundo a própria Constituição, é uma cláusula pétrea, isto é, uma regra que não pode ser mudada pelo Congresso. Parlamentares do PT pretendem apresentar uma ação ao STF para impedir a tramitação da proposta no parlamento, usando a tese de que a Constituição também impede que seja “objeto de deliberação” proposta tendente a abolir direitos e garantias individuais.

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Embora tenha dito que, a priori, não considera a proposta de redução da maioridade inconstitucional, Marco Aurélio Mello observou que, no futuro, pode vir a reconsiderar a opinião.

Finalizada a análise na CCJ da Câmara, a PEC passará agora por uma comissão especial. Se aprovada, ainda precisa de, no mínimo, 308 votos, do total de 513 deputados em dois turnos de votação. Depois, a proposta precisa passar pela CCJ do Senado e mais duas votações no plenário, onde são exigidos 49 votos entre os 81 senadores. A PEC que reduz a maioridade penal foi apresentada em agosto de 1993 e ficou mais de 21 anos parada.

Neste ano, a CCJ da Câmara retomou as discussões, encerradas nesta terça, após várias tentativas de adiamento por parlamentares contrários, em minoria na comissão.

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