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De preto, professores do Paraná protestam por 'menos bala e mais giz'

ESTELITA HASS CARAZZAI E LULY ZONTA CURITIBA, PR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em novo protesto contra a violência do Estado, que na última quarta-feira (29) deixou ao menos 180 feridos num confronto entre PMs e manifestantes em Curitiba, professores e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.05.2015, 14:23:43 Editado em 27.04.2020, 20:00:20
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ESTELITA HASS CARAZZAI E LULY ZONTA
CURITIBA, PR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em novo protesto contra a violência do Estado, que na última quarta-feira (29) deixou ao menos 180 feridos num confronto entre PMs e manifestantes em Curitiba, professores e servidores vestiram-se de preto e saíram em passeata pela capital do Paraná na manhã desta sexta-feira (1º).
Em faixas e adesivos, os servidores pediam "menos bala, mais giz", e diziam estar em "luto pela educação". O protesto começou às 11h e segue em direção à sede do governo de Beto Richa (PSDB), que fica em frente à Assembleia Legislativa.
Cerca de 10 mil pessoas participavam do ato, segundo o APP Sindicato (que representa os professores). A PM estimou a presença de 3.000 pessoas. A manifestação é pacífica e não há registro de confrontos. Representantes de partidos políticos de oposição a Richa, como o PT, PSOL e PSTU, também participam na passeata.
Os professores avançavam aos gritos de "Fora, Beto Richa", sob as buzinas de apoio dos motoristas que passavam ao redor. Cartazes comparavam Richa a ao ditador alemão Adolf Hitler.
Moradores também acenavam com faixas pretas das janelas. Na frente da passeata, professores carregavam um caixão preto, onde se lia "aqui jaz a educação".
Alguns manifestantes pintaram lágrimas vermelhas no rosto, e usaram véus pretos em sinal de luto. Um espelho d'água em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, foi colorido de vermelho.
O episódio da última quarta, em que manifestantes tentavam impedir a votação de um projeto que alteraria a previdência dos servidores estaduais e entraram em confronto com a PM, tem sido chamado de "massacre de 29 de abril" pelos professores.
O Ministério Público investiga se ocorreram excessos na ação policial.
CANCELAS LIBERADAS
Integrantes de movimentos sociais ligados a questões agrárias, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), liberaram cancelas de pedágio em rodovias federais de pelo menos 13 cidades do interior do Paraná durante a manhã desta sexta-feira.
Segundo o MST, o ato cobra agilidade na reforma agrária e investimentos na produção, além de declarar apoio aos professores paranaenses. O movimento disse em nota que 17 praças de pedágio foram liberadas.
A Polícia Rodoviária Federal no Paraná informou que o movimento começou por volta das 7h30 em Candói, na BR-373, com cerca de 200 pessoas. Também houve liberação de cancelas em Céu Azul, Imbaú, Lapa, Ortigueira, Cascavel, Arapongas, Jacarezinho, Mamborê, Mandaguari, Jataizinho, São Miguel do Iguaçu e Castelo Branco.
Em todas as localidades, há presença de manifestantes, mas apenas na BR-369, divisa entre Jacarezinho (PR) e Ourinhos (SP), houve interdição parcial da rodovia. O protesto foi realizado pelo MST e pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

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