Em Nova York para evento, Cunha diz que não citará crise em seu discurso

THAIS BILENKY
NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dispensou as diárias de US$ 500 oferecidas a deputados em viagem aos Estados Unidos, de acordo com sua assessoria.
Cunha chegou a Nova York nesta sexta-feira (28) para participar da quarta Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos, na segunda (31), na ONU. Ele fará um discurso de quatro minutos.
A sua passagem, sim, foi paga pela Câmara. Cunha veio acompanhado da mulher, a jornalista Claudia Cruz. O casal está hospedado no hotel de luxo Waldorf Astoria.
O hotel costuma ser escolhido por políticos como o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Segundo sua assessoria, ele só usará carro oficial, pago pelo governo, para ir às Nações Unidas.
O presidente da Câmara não quis comentar a defesa que apresentará ao Supremo Tribunal Federal quanto à denúncia de desvios de recursos da Petrobras feita contra ele pela Procuradoria-Geral da República.
"Sobre isso eu não falo. Fale com o nosso advogado", afirmou antes de um jantar oferecido pelo embaixador do Brasil na ONU, Antonio Patriota.
Sobre seu discurso na segunda, Cunha disse que não citaria a crise no país. "Eu não posso chegar aqui, em um tempo curto, e só falar de Brasil. Para você [jornalistas], eu posso falar [sobre a crise]. Para os outros Parlamentos, tenho que falar do nosso contexto de inclusão na democracia."
"Nós vivemos na democracia e queremos que essa democracia seja compartilhada por todos", concluiu.