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Duplicação da BR-376 necessita de urgência

A Rodovia do Café, a BR-376, é a mais violenta do Estado. Quarenta e nove pessoas morreram nesta rodovia nos últimos dois anos e três meses, segundo dados levantados pela Polícia Rodoviária Federal, que assumiu as estradas em 2010. A BR é a segunda mai

Da Redação

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Flagrante de imprudência: caminhão ultrapassa em faixa contínua
Icone Camera Foto por Delair Garcia, da Tribuna do Norte - Diário do Paraná
Flagrante de imprudência: caminhão ultrapassa em faixa contínua
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.03.2012, 14:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:43:20
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A Rodovia do Café, a BR-376, é a mais violenta do Estado. Quarenta e nove pessoas morreram nesta rodovia nos últimos dois anos e três meses, segundo dados levantados pela Polícia Rodoviária Federal, que assumiu as estradas em 2010. A BR é a segunda maior em extensão no Paraná, com 604,5 quilômetros, contra 732,4 quilômetros da BR-277, que registrou 46 mortes no mesmo período.

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O trecho mais perigoso da Rodovia do Café na região engloba os 60 quilômetros de pista simples entre Apucarana e Mauá da Serra, onde somente neste ano foram registradas oito vítimas fatais. A duplicação dos 250 quilômetros do trecho entre Apucarana e Ponta Grossa é uma reivindicação antiga que preocupa a comunidade desde o início da concessão de rodovias em 1998. De lá para cá, apenas na Serra do Cadeado, antes o trecho mais perigoso da via, a rodovia foi duplicada.

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Terceiras faixas foram instaladas entre Ortigueira e Ponta Grossa, mas a duplicação, se depender do prazo contratual firmado entre a concessionária Rodonorte e o Estado, começa somente em 2015, com finalização prevista para 2021, ano que termina o contrato de concessão.

Enquanto a obra não vem, só nos três primeiros meses do ano 13 pessoas morreram em acidentes nos cerca de 150 quilômetros entre Apucarana e Ortigueira. Nesta soma não foram contabilizadas as seis vítimas do acidente entre uma picape Hillux de Apucarana e um Astra de Maringá, no mês passado no Contorno Sul, outro trecho que precisa ser duplicado.

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Autoridades municipais tentam há anos conseguir a antecipação desta obra. A falta de resposta à reivindicação demonstra a falta de representatividade do Vale do Ivaí em torno da situação. Nem mesmo a Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), composta por 26 municípios mantém o assunto em pauta. “Nós não temos tanta força assim. A gente procura solução, sempre somos bem recebidos na Rodonorte, na Secretaria de Transportes, mas nos dão prazos e prazos. É como se jogássemos a toalha, porque nada acontece”, disse o prefeito de Califórnia, Amauri Barichello (PSL).


“Só se levanta a questão quando acontecem acidentes e mortes. Mas passam-se os dias ninguém mais toca no assunto”, revela Barichello. O prefeito de Califórnia relata que o repasse de impostos referentes ao pedágio é importante, principalmente para os pequenos municípios. “Ajuda muito, só que queríamos ter uma rodovia segura. Este trecho trava as viagens, estressa e é muito perigoso”, salienta o prefeito.

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Quem convive diariamente com a pista sabe das dificuldades. Entre Apucarana e Mauá da Serra não há nenhuma terceira faixa. O fluxo constante de caminhões e a geografia acidentada engrossam a lista de problemas. “Fizemos diversos pedidos, até manifestação na rodovia, pedindo apenas adequações na frente do distrito, mas as intervenções que a concessionária fez não resultaram em segurança para nós”, afirma Hélio Aparecido da Silva, 48, frentista e morador do Distrito de São José. A comunidade de cerca de 800 moradores fica entre Marilândia do Sul e Mauá da Serra, à margem direita da BR-376.


O trecho – uma reta em aclive sem terceira faixa – já registrou vários acidentes. “As carretas embalam na descida para não perder na subida e passam aqui na frente ‘voando”, comenta o frentista, que defende a instalação de radares no local.

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