A Prefeitura de Rolândia confirmou nesta terça-feira (3) que o empreendimento para fabricação de pilhas e baterias não será mais instalado na zona rural do município. Um impasse entre o poder público e moradores de Rolândia, acabou levando a indústria, pertencente a um grupo argentino, a desistir de se instalar na região. A empresa havia obtido licença prévia do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para reciclar baterias às margens da PR-170, próximo ao distrito de San Martinho. A região concentra propriedades produtoras de embutidos, frangos e frutas, além de três bacias hidrográficas, o que poderia resultar em impacto ambiental.
De acordo com secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernesto Nogueira, a desistência partiu da própria empresa que parece ter se preocupado com os desgastes que a questão ambiental dos impactos criou. Ocorreram vários embates jurídicos, como o caso do Ministério Público que recomendou a revogação dos documentos após a realização de uma audiência pública. De acordo com a 2ª promotoria de justiça de Rolândia, a licença do IAP não possuía validade, pois entrava em choque com o zoneamento municipal que não prevê a instalação de indústrias com potencial poluidor na área rural.
Segundo Nogueira a mudança causa perdas ao município. "A instalação da indústria resultaria em R$ 20 milhões de investimento além de gerar cerca de 700 empregos para a região”, comenta Nogueira. Ele vê que a cidade perdeu consideravelmente com isso, no entanto ressalta que a Prefeitura tem interesse em continuar tentando trazer empresas para o município “Claro que sempre respeitaremos o que a justiça decidir, mas é importante continuar atraindo esse tipo de investimento para a cidade” cita o secretário.
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