A diretoria da Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) define como uma vitória regional o anúncio de que o ramal da Ferrovia Norte Sul vai passar pelo Norte do Paraná e não mais pelo Noroeste, como havia afirmado o ex-presidente da Ferroeste, Samuel Gomes. Desta forma, Apucarana ganha lugar estratégico no contexto do traçado. A decisão foi muito comemorada hoje (14) pela direção da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia).
A confirmação do traçado original, elaborado pelo Ministério dos Transportes tendo Apucarana como referência geográfica, foi feita pelo Secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, em correspondência enviada ao prefeito Barbosa Neto (PDT).
UNIÃO DE ENTIDADES - “Essa notícia é excelente para o futuro do Norte do Paraná e mostra que a união de entidades, poder público e parlamentares da região deu os resultados que buscávamos. O ramal ferroviário passando por Apucarana tem importância estratégica para toda a região e perdê-lo seria no futuro extremamente danoso para a economia regional”, afirma o presidente da ACIL, Nivaldo Benvenho.
A correspondência do secretário Marcelo Perrupato põe fim a uma polêmica provocada pelo ex-presidente da Ferroeste, destituído do cargo no início deste mês, que anunciou a mudança do traçado original, que ao invés de passar por Apucarana passaria por Maringá e Campo Mourão, para depois seguir para o Sul do Estado. A informação desagradou lideranças do Norte do Estado. A ACIL convocou dois encontros com os deputados federais e estaduais eleitos por Londrina e região e representantes do poder público e de entidades regionais para discutir o que fazer e reverter a situação.
O resultado da articulação foi a volta do traçado original da ferrovia. Nivaldo Benvenho explica que o ramal ferroviário é uma peça-chave no projeto do Arco Norte, uma megaestrutura multimodal que será construída numa área de acesso estratégico aos municípios de Londrina, Ibiporã, Cambé, Rolândia, Arapongas e Apucarana. A presença da ferrovia que cortará o Estado de Norte a Sul viabiliza atividades de exportação, que é um dos objetivos do Arco Norte. A estrutura incluirá aeroporto internacional de cargas, rodovias, aduana, empresas de apoio e parques industriais.
“Esse episódio serve para mostrar que nós precisamos estar atentos na defesa de grandes projetos de interesse não só de Londrina, mas da região. Não podemos pensar no desenvolvimento de Londrina sem pensar no Norte do Paraná como um todo”, acrescenta Benvenho.
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