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Golpistas continuam a fazer vítimas na região de Ivaiporã

A 54ª Delegacia Regional de Polícia de Ivaiporã (54ª DRP) registrou nos primeiros sete meses do ano, 28 queixas por estelionato.  O golpe do falso sequestro por telefone continua sendo o crime com maior número de queixas, 18 no total. Dessas, 12 vítima

Da Redação

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No golpe do paco, os golpistas embrulham papeis com um única nota verdadeira (Foto: Ivan Maldonado)
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No golpe do paco, os golpistas embrulham papeis com um única nota verdadeira (Foto: Ivan Maldonado)
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.08.2015, 08:26:00 Editado em 27.04.2020, 19:57:11
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A 54ª Delegacia Regional de Polícia de Ivaiporã (54ª DRP) registrou nos primeiros sete meses do ano, 28 queixas por estelionato.  O golpe do falso sequestro por telefone continua sendo o crime com maior número de queixas, 18 no total. Dessas, 12 vítimas acabaram perdendo dinheiro e depositaram na conta dos estelionatários. Outras três vítimas caíram no golpe do paco, duas no golpe do bilhete premiado, duas comprando em falsos sites da internet, duas no golpe do falso funcionário da Copel e uma enganada pelo golpe do IPTU.

O delegado Gustavo Dante acredita que os números possam ser maiores já que algumas vítimas por vergonha, não realizam as denúncias. Ele comenta ainda, que a maioria das vítimas são pessoas idosas. “Por serem simples e de boa fé, acabam sendo presas fáceis. Em alguns casos, como no do golpe do funcionário da Copel e do IPTU elas só descobrem que se tratava de golpe depois de algum tempo e quando fazem a denuncia já se passaram alguns dias ou as vezes até meses”, comenta Dante.

No caso de falsos sequestros, o delegado da dica de como evitar. Segundo Dante, o correto é que se desligue imediatamente a ligação e tente contato com o suposto sequestrado. “Infelizmente as pessoas tem caído nesse golpe porque entram em desespero. Sei que as vítimas passam por péssimo momento com o teatro feito pelos bandidos, com falsos choros e gritos, mas a orientação é para que a pessoa não deposite dinheiro nenhum e procure a polícia imediatamente”, destaca Dante. Nesse tipo de golpe não existe um valor exato do pedido de resgate, mas normalmente as vítimas acabam depositando em torno de R$ 2 mil na conta dos bandidos.

Com menos frequência, mas com consequências financeiras maiores o “golpe do paco” também faz vítimas. No início do ano o golpe foi aplicado em um idoso e rendeu para os bandidos R$ 10 mil em dinheiro.  Há dois meses um adolescente de 16 anos perdeu o celular, um cheque no valor de R$ 700,00 e a carteira de identidade em troca de um pacote com folhas de jornais e uma nota de R$ 50,00.

“Apesar de muito divulgado, algumas pessoas ainda caem neste tipo de golpe e  no do bilhete premiado. Esperam receber uma quantia grande e por conta o olho gordo levam prejuízos enormes. Já conheci vítimas que perderam mais de R$ 30 mil”, completa Dante.

Vítimas

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Há dois anos, um aposentado de 68 anos pagou para os vigaristas R$ 2.5 mil por um bilhete premiado. Nesse caso, os vigaristas se utilizaram de uma mulher supostamente gravida para aplicarem o golpe.

A gravida foi quem achou o bilhete na rua e puxou a conversa com a vítima. “Eles são bons de lábia, nunca iria imaginar que uma mulher gravida estava me  aplicando o golpe. No fundo fiquei com dó da grávida, mas ao mesmo tempo vi a chance de lucrar e me arrependo disso até hoje”, comenta o aposentado. O dinheiro que estava depositado em uma poupança seria usado para a entrada na compra de uma moto para o neto.

Recentemente, o golpe do falso sequestro levou dinheiro de uma professora da região.  Ela conta que saia da escola quando recebeu uma ligação de um homem que dizia ter sequestrado a mãe e precisava receber um resgate de R$ 1 mil. “É claro que já tinha ouvido sobre esse golpe. Mas fiquei desesperada e não vi mais nada na minha frente”.

A professora relata que suposto sequestrador ficou o tempo todo no telefone, ameaçando. “Foi horrível, puro terrorismo. Não pensei duas vezes, fui até uma lotérica e mesmo desconfiada fiz o depósito. Ele tentou ainda pedir que eu depositasse mais dinheiro, foi quando encontrei um colega e ele ligou para a minha mãe que estava na casa de uma prima e ai tive certeza que estava sendo vítima do golpe”, relata a professora.

Ela disse que não deu queixa na delegacia por ter ficado muito envergonhada. “Por mais que a gente se ache esperta, eles mexem com o emocional e a gente na incerteza acaba caindo. Estou abalada até hoje e quando o celular toca meu coração ainda acelera. Infelizmente caí e agora entendo porque muitas pessoas também caem nesse golpe”, completa a vítima.

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