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Por ICMS, tucano diz que Manaus "não gosta" de Alckmin

Por Tai Nalon BRASÍLIA, DF, 10 de maio (Folhapress) - O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), em recado para o governador paulista e colega de partido, Geraldo Alckmin, disse hoje que a questão das alíquotas interestaduais para o ICMS (Imposto so

Da Redação

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Publicado em 10.05.2013, 16:18:00 Editado em 27.04.2020, 20:30:26
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Por Tai Nalon

BRASÍLIA, DF, 10 de maio (Folhapress) - O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), em recado para o governador paulista e colega de partido, Geraldo Alckmin, disse hoje que a questão das alíquotas interestaduais para o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é "federativa".

Virgílio criticou Alckmin e garantiu que o governador não é bem-vindo em sua cidade.

"Ele pode ser até candidato a presidente, mas eu aconselho, quando ele for lá, que ele vá de chapéu, bigode, de cavanhaque, todo disfarçado, que as pessoas lá não morrem de alegria por ele. Ao contrário", disse.

Em conversa de quase duas horas com a presidente Dilma Rousseff, o governador relatou ter acenado à presidente com a possibilidade de negociar a alíquota de 12%, garantida à Zona Franca de Manaus. Ele não entrou em detalhes, contudo, sobre qual seria a proposta de redução de tarifa.

"Acho que o governo não é justo ao exigir agora esticamento de corda. Acho que agora é hora de deixarmos assentar a poeira e conversarmos para não ficarmos estimulando uma guerra de Brasil contra Brasil. O Amazonas quer sobreviver", disse.

Nesta semana, Estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste impuseram derrota ao Sul e ao Sudeste e desagradaram o governo Dilma, que já avalia retirar o apoio à proposta de sua própria autoria. Em minoria na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, os Estados do Sul e do Sudeste também foram derrotados na votação sobre a alíquota de 12% para a Zona Franca de Manaus e outras áreas de livre comércio na região Norte. Queriam reduzi-la para ao menos 7%, para diminuir a vantagem dessas áreas para atrair indústrias.

Pelo texto, as alíquotas, que hoje são de 7% ou 12%, ficariam em 4% para Sul e Sudeste, 7% para Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 12% para zonas francas e para gás importado.

Alienação

"Alguns podem votar iludidos. Quando vejo alguém de Tocantins votar junto com São Paulo, considero que é quase uma alienação. Nunca vi ovelha fazer acordo com lobo. Ovelha fala com outra ovelha", disparou Virgílio.

"Manaus é, no máximo, um carneirinho. São Paulo tem 34% do PIB e o governador querer convencer, a quem quer que seja, de que esse carneirinho de 1,5% do PIB é capaz de destruir um gigante de 34% do PIB".

Na semana passada, a presidente recebeu a visita do governador Alckmin. Na ocasião, ele disse ter conversado com Dilma sobre a impossibilidade de admitir três alíquotas para a contribuição.

Hoje, Virgílio disse "não ter o que conversar" com o colega tucano. "Ele tem uma posição, se a posição dele mudar, for para a flexibilidade, eu converso de maneira profissional, de maneira pragmática, de maneira clara".

Disse ainda que a política paulista para a reforma do ICMS é "predatória" e, por isso, "nessas condições", disse, "o Estado tão cedo não elege o presidente da República". "A visão de Brasil exige de São Paulo concessões, e não falácias".

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